Botafogo e São Paulo fazem jogo de sete gols, duas viradas e muita emoção no Nílton Santos. Paulistas levam a melhor
Em momentos opostos no ano, Alvinegros e Tricolores fizeram uma das partidas mais surpreendentes desse campeonato brasileiro.
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Foto: Celso Pupo/Fotoarena (Reprodução lance.com.br) |
A tarde começou triste no futebol carioca com a noticia da morte
do jovem João Pedro Braga, de 19 anos, filho do treinador do Fluminense Abel
Braga (Força para o Abel e toda sua família), e em um ato muito bonito, até os
torcedores presentes no Nílton Santos se calaram e respeitaram o minuto de
silêncio.
Com a bola rolando, vimos uma partida muito movimentada, principalmente
pelo lado do São Paulo, que empolgado pela estreia de Hernanes, ocupava o campo
de defesa do Botafogo. E foi justamente o São Paulo, que após um vacilo de João
Paulo dentro da área, abriu o placar com Cueva. Mas gol parece que acordou o
Botafogo que buscou o empate logo no lance seguinte, com Marcos Vinicius, que
marcou seu primeiro gol com a camisa Alvinegra. O jogo continuou muito corrido,
com as duas equipes, cada uma com suas características, buscando virar o
placar. E foi o Botafogo quem chegou à virada, de novo com Marcos Vinicius, que
acertou belo chute de fora da área. A bola quicou e enganou o goleiro Renan
Ribeiro, que caiu muito antes. O primeiro tempo se encerrou com a vantagem dos
Cariocas.
O segundo tempo começou parado. Com isso, São Paulo e
Botafogo colocaram jogadores de velocidade para tentar buscar em jogadas
rápidas o gol. No São Paulo entrou Wellington Nem e Marcos Guilherme, e no
Botafogo, Guilherme. E foi um dos atacantes do time Paulista que foi efetivo
primeiro. Aos 20, Nem entrou em velocidade na área, e após a chegada de Carli,
se jogou e conseguiu um pênalti. Cueva bateu, mas Gatito Fernández defendeu. E
logo após a cobrança do pênalti, o Botafogo construiu uma ótima jogada, com
Luís Ricardo recebendo belo lançamento na direita, e rolando para Guilherme finalizar
e marcar o terceiro dos Cariocas.
Após o gol, parecia que o jogo estava decidido para o
Botafogo. Muito conhecido por ser um time que se defende bem, ninguém poderia
imaginar que o São Paulo pudesse buscar reação, né? Errado. Três fatores
parecem que foram primordiais para que o resultado virasse de novo. O primeiro
foi defesa do Botafogo que sofreu um apagão como poucas vezes se viu desde que
Jair Ventura assumiu o time. A dupla de zaga parece que cansou, Lindoso e
Matheus Fernandes não conseguiram fechar bem os espaços de Cueva e Hernanes, e
João Paulo fez uma das suas piores partidas desde que assumiu a titularidade. O
Segundo foi um pouco às mudanças feitas por Jair. Tá certo que Roger e Victor
Luís sentiram desgaste e pediram para sair, mas o jovem Victor Lindenberg não
conseguiu cumprir bem o papel de marcação pelo lado esquerdo. Brenner também
foi pouco acionado, e Pimpão, apesar de quase fazer um gol de bicicleta, caiu
muito de produção, e poderia ter sido o escolhido para a entrada do Guilherme, em
vez do Marcos Vinicius que estava bem. E após as trocas, o Botafogo ficou com
três atacantes, e com um buraco na intermediária, deixando Cueva e Hernanes
trabalharem a bola com muita facilidade. E o terceiro, foi a inteligência de
Dorival, que percebendo o apagão e até o cansaço sentido pelo Botafogo, usou Wellington
Nem, Marcos Guilherme e ainda trocou Lucas Pratto por Gilberto, para explorarem
a velocidade e quebrar as linhas de marcação do Botafogo.
E foi assim, que em apenas oito minutos, o São Paulo
conseguiu uma virada heroica no Niltão. Marcos Guilherme, que também fazia sua estréia
hoje, marcou aos 39, e Hernanes aos 41 empataram a conta. E já nos acréscimos,
aos 47, Marcos Guilherme marcou o segundo dele, e decretou a vitória dos
paulistas, que venceram a primeira fora de casa no Brasileirão, e saiu
momentaneamente da zona de rebaixamento. O Botafogo nesse intervalo tentou sair
para marcar, mas não conseguia chegar com qualidade para finalizar.
É claro que a questão do desgaste pode pesar para o
Botafogo. Time jogou no meio de semana uma partida muito intensa contra o
Atlético-MG para conseguir a vaga na semifinal da Copa do Brasil, mas é
impressionante, ai vou chover no molhado de novo, como toda vez que o Botafogo
joga sem três volantes, e tenta jogar com um time mais ofensivo, o rendimento cai.
O time que terminou a partida hoje, até tinha, em tese, três volantes, já que
João Paulo fez essa função por muito tempo, mas o atleta estava em uma tarde
muito ruim. Falhou em dois gols e merecia ser substituído do segundo tempo, até
para descansar um pouco e colocar alguém com mais gás para ocupar melhor os
espaços. E na frente, o time tinha três atacantes, Pimpão, Guilherme e Brenner,
que praticamente não encostaram na bola no fim de jogo.
O São Paulo foi o último da Zona do Rebaixamento que o
Botafogo enfrentou nesse primeiro turno, e por mais inacreditável que pareça,
em todos os jogos que o Alvinegro enfrentou times que se encontravam no Z-4, perdeu
pontos. O Próximo é jogo dos cariocas é na quarta-feira (02), contra o
Palmeiras, às 21:45, no Nílton Santos. Já o São Paulo, enfrenta o Coritiba, na
quinta-feira (03), às 19:30, no Morumbi.
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